Vida de artista - Gustavo Lins

Certa vez, uma admiradora mais atirada conseguiu driblar a vigilância do prédio em que Gustavo Lins morava com os pais e as irmãs, na Tijuca. Bateu na porta, mas o cantor não estava em casa. Por sorte, a fã não era dessas de estilo ‘atração fatal’ e tudo foi resolvido civilizadamente.




Mas, por precaução, hoje, o discreto Gustavo evita revelar detalhes de sua rotina pré e pós espetáculos.

“Mas não tem jeito: elas seguem a van da produção e acabam descobrindo o meu paradeiro”.



Apesar de ter apenas 22 anos, ele já acumula uma longa experiência na vida de artista célebre. “Alimentava este sonho desde os 9 anos, mas não imaginava que, aos 22, já teria realizado tantas coisas”.



E olha que ele teve dois anos para compor as faixas de ‘Vida Real’, o tal novo álbum.

“Fiz com calma, deu para elaborar bem as letras e as melodias e ficar com a minha cara”.



‘Vida Real’ é um disco de samba romântico, do jeito que as fãs do artista gostam.

“Pagode é o meu estilo, sempre fui apaixonado por essa música. Quando era moleque, andava com o violão pra cima e pra baixo no colégio. O pessoal já dizia: ‘olha o pagodeiro!’. Juntava os amigos e tocava com eles nos corredores, essas músicas fizeram parte do meu crescimento musical, têm valor sentimental”.



Aluno do Instituto Musical Villa-Lobos, aos 13 anos tomou coragem e mostrou a música ‘Pra Ser Feliz’ ao professor Alfredo Machado.

“Ele rodou a escola toda comigo, dizendo: ‘Cara, você vai ser sucesso’”.



Em casa, o perfil romântico de Gustavo se desenhou na mesma época.

“Também mostrei a música para os amigos e ele acabaram contando lá em casa. Meu pai dizia: ‘O Gustavo está compondo! Ele está apaixonado!'”.





No novo disco, músicas como ‘Flashback’ e ‘Liberdade’ têm a levada para cima do samba e uma musa inspiradora: a ex-namorada Fernanda.

“Ela foi a minha musa maior no CD. Ela me inspirou e ainda me inspira”.



No coração do ídolo precoce, tem espaço de sobra para as fãs.

“Umas são tão especiais que me acompanham por todo canto. Eu chego na cidade e elas já estão lá, vão a todos os shows”.



“Quando eu comecei, era pelo simples prazer de compor.
Agora, é o meu trabalho e tenho muito orgulho dele.
Quero criar obras novas, talvez enveredar por outros estilos, tenho a vida toda pela frente.
Só sei de uma coisa: nunca vou deixar de fazer música”.

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